sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Machismo em Hollywood



Após ter uma cena de seu novo filme cortada, a atriz Evan Rachel Wood acusa a Motion Picture Association of America (MPAA), entidade que representa os maiores estúdios de Hollywood, de machismo. A atriz utilizou o Twitter para expressar sua insatisfação.
Shia LaBeouf (esq.) e Evan Rachel Wood em cena do filme 'Charlie Countryman', que teve uma cena de sexo oral censurada
Shia LaBeouf (esq.) e Evan Rachel Wood em cena do filme 'Charlie Countryman'

A cena censurada exibia a personagem de Wood recebendo sexo oral de seu parceiro Charlie, vivido por Shia LaBeouf (de "Transformers"). A versão sem cortes estava em exibição no Festival de Sundance deste ano. Depois do festival, o filme dirigido pelo estreante Fredrik Bond, voltou à sala de edição para ajustes finais e antes de entrar no circuito teve a cena de sexo oral cortada a pedido da MPAA. O órgão controla a censura por faixas etárias nos filmes dos Estados Unidos
As palavras de Evan foram:


"Ao ver o novo corte de 'Charlie Countryman, eu gostaria de compartilhar meu desapontamento com a MPAA, que achou ser necessário censurar a sexualidade de uma mulher mais uma vez. A cena em que os dois personagens principais fazem 'amor' foi alterada porque alguém sentiu que ver um homem fazer sexo oral numa mulher deixava as pessoas 'desconfortáveis', mas as cenas em que as pessoas são mortas tendo suas cabeças explodidas ficaram intactas e inalteradas. Esse é um sintoma de uma sociedade que quer envergonhar as mulheres e diminuí-las por gostarem de sexo, especialmente quando (uau) o homem não chega ao orgasmo também! Para mim, é difícil de acreditar que [a cena] teria sido cortada se os papéis fossem invertidos. Ou se a personagem feminina tivesse sido estuprada. É hora das pessoas CRESCEREM. Aceitem que as mulheres são seres sexuais. Aceitem que alguns homens gostam de dar prazer a uma mulher. Aceitem que a mulher não precisa apenas ser fudida. e agradecer. Nós temos o direito e o dever de nos darmos prazer. É hora da gente se impor. Obrigada por escutar."

Não me surpreende em nada esse tipo de censura, simbolicamente ela representa realmente um veto à sexualidade feminina. Venho batendo na tecla de que aquilo que se supõe execrável perante a sociedade não é exposição da sexualidade das meninas (últimos casos de pornografia de revanche), mas sim a vivência da sexualidade. A atividade sexual, inacreditavelmente, continua sendo prática degradante para a mulher. Basta ver a repercussão provocada pelos vídeos íntimos de sexo e o crivo das críticas, que sempre recaem exclusivamente sobre as meninas, como se o sexo, exclua-se a masturbação, fosse uma atividade solitária.

O homem que “fode” todas é garanhão, e se espalha ou mostra nem se fala, já a mulher se “dá” pra todo mundo é puta. Pelas minhas contas, e eu gosto de fazer contas, essa matemática não fecha, se tem alguém comendo todas e é garanhão é lógico que tem uma porção de mulheres dando pra ele, e acho pouco provável que seja puta. Portanto, se há um cem numero de homens héteros sexualmente satisfeitos se supõe que também haja o mesmo número de mulheres pelo menos vivenciando sua sexualidade. Digo - pelo menos - porque ter orgasmo e se realizar sexualmente é outra história e isso acontece justamente por conta do machismo, que castra a sexualidade feminina e a torna refém do tabu.

Enquanto o garoto é estimulado a manipular o seu pênis a menina cabe a repreensão por se tocar – Tira a mão daí menina, isso feio – A vagina é feia, o desejo e a masturbação femininos são muito, mas muito feios. O homem pode fazer um ménage, uma mulher direita nem em sonhos, “isso é coisa de puta”. Aliais, tem homem que quer saber até o que a mulher sonhou. Que nunca chegue o dia em que seja possível o uso de mecanismo de detectar sonhos, porque o que a gente é capaz de viver neles não está escrito.

Mas voltando “ao” sexo, eu acho a minha buceta linda, isso, buceta. Porque tenho de ter pudores com o nome do meu órgão sexual, uma parte do meu corpo que me proporciona uma das melhores coisas da vida, o orgasmo? A cultura machista faz justamente isso, tenta nos oprimir até mesmo por termos órgão sexual. Entretanto, não me basta ter buceta, também adoro receber e fazer sexo oral, porque é muito, mas muito prazeroso mesmo. Se você não gosta é direito seu, embora ache que deve ter algum sentimento mal resolvido nisso. Agora o que não dá é para tentar regular a sexualidade alheia ou fingir que diversas práticas sexuais não existem, são nojentas ou pecaminosas.

O grande problema com o machismo é que o sexista não tolera ver a mulher gozando, por que é libertador, é a expressão perfeita da mulher segura e livre. A gente tem contrações por todo o corpo, a descarga elétrica liberada no corpo feminino é superior a que o homem sente, experiências revelam que com ela é capaz de acender uma lâmpada. O bem estar que ele provoca na mulher é maior do que o sentido pelo homem. Enquanto Freud dizia que a mulher tinha inveja do pênis eu digo que o homem tem inveja do orgasmo feminino.
 
A mulher que é capaz de sentir prazer representa uma ameaça à masculinidade dos sexistas. Pois a mulher que goza não aceita sexo “mêa-boca”, não aceita nojinhos, não tolera preconceitos. A mulher que goza é feliz, não tem medo de dizer do gosta e o que quer da vida, ela corre atrás. E os bebezinhos que não sabem segurar a onda tremem na base, não sabem o que fazer na hora “H”.

Então, é mais fácil tentar tornar todas as mulheres inseguras, manipula-las, subjuga-las, pois assim o macho pode se sentir seguro, é como eu falo sempre, a mulher tem um poder que assusta mesmo. Portanto, controlar a vida sexual e a libido é uma forma castrar esse poder e nos dominar.

No entanto a época do patriarcado já passou, não somos uma propriedade e não aceitamos mais controle algum, não aceitamos repressão, julgamentos, ou submissão. Tem mais, não somos seres assexuados e gostamos de sexo sim, não somos bonequinhas que podem ser exibidas como troféus para os amigos e parentes dos projetos de patriarca. Quem quer ter mulher de verdade tem de compreender que somos seres desejantes, sexuais, autônomos e pensantes. Do contrário, se relacionem com uma boneca inflável, dá bem menos trabalho.
Fonte: Sexo e Saúde.
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