No
dia da Consciência negra, minha singela homenagem à algumas das
mulheres que marcaram a história e a todas as outras que fazem a
diferença na vida daqueles que estão ao seu redor.
"Belíssima expressão da
força e beleza da mulher negra. Linguagem poética poderosa e pungente que
revela a força revolucionária da mulher negra que tem que cotidianamente
enfrentar as massacrantes (e ainda hegemônicas) opressões machista e racista,
ambos alicerces fundamentais deste modelo de sociedade capitalista. Para mim,
um libelo a favor da absoluta liberdade humana (o oposto do liberté mercantil
liberal-burguês)". Cláudio Nascimento.
Maria Firmina dos Reis foi considerada a primeira
romancista brasileira. Era mulata e bastarda, nasceu em São Luís em 1825,
Maranhão.
Princesa Anastácia. Por ter-se recusado a ser amante do senhor, e
para que nao o mais pregasse contra a escravidão, tamparam-lhe a boca
com uma mordaça de folha-de-flandres e lhe puseram uma gargantilha de
ferro,a partir daí ela passou a comunicar-se através dos olhos.
Adelina,
a charuteira, foi uma escrava nascida em São Luís do Maranhão em meados do
século 19. Filha bastarda de seu proprietário, vendia nas ruas os
charutos que ele fabricava. Era o que se chamava de "escrava de
ganho".
Aqualtune era uma princesa do Reino do Congo, foi trazida escravizada
para o Brasil, logo que foi derrotada em guerra no interior do reinado.
Quando desembarcada no Brasil em Recife, foi vendida e levada para o sul
de Pernambuco. Não demorou a integrar os movimentos de fugas que
explodiam no regime escravista, tornando-se uma liderança importante
para os quilombos de Palmares.
Benedita da Silva. Carioca, de 62 anos, ativista do movimento negro e feminista entrou para
a história da política nacional como a primeira senadora negra do
Brasil. É dela o projeto de lei da licença maternidade de 120 dias. Um
símbolo da ascensão dos negros e mulheres na política brasileira.
Tereza de Benguela foi uma liderança quilombola que viveu no século
XVIII. Mulher de José Piolho, que chefiava o Quilombo do Piolho ou
Quariterê, nos arredores de Vila Bela da Santíssima Trindade, Mato
Grosso. Valente e guerreira ela comandou o Quilombo do Quariterê, este cresceu
tanto sob seu comando que chegou a agregar índios bolivianos e
brasileiros
Nascida em 11 de julho de 1901, Antonieta de Barros foi a primeira mulher a integrar a Assembleia Legislativa de Santa Catarina.
Educadora e jornalista atuante, teve que romper muitas barreiras para
conquistar espaços que, em seu tempo, eram inusitados para as mulheres –
e mais ainda para uma mulher negra.
Theodosina Rosário Ribeiro foi à primeira deputada negra da Assembléia Legislativa de São Paulo. Nasceu em 29 de maio de 1930 na cidade de Barretos (SP). Quarenta anos depois, em 1970, a maior cidade da América Latina a elege como primeira vereadora negra da Câmara Municipal de São Paulo. E, em 1974, a primeira deputada negra da Assembléia Legislativa do Estado, onde ocupou também o cargo de vice-presidente.
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