terça-feira, 31 de dezembro de 2013

No Uruguai, desde que o aborto se tornou legal o país não registrou mortes em decorrência de suas complicações.



Dados oficiais divulgados pelo subsecretário do Ministério da Saúde Pública (MSP) do Uruguai, Leonel Briozzo, mostraram os resultados das interrupções voluntárias da gravidez nos primeiros seis meses de vigência da lei que regulamenta o aborto.


Entre dezembro de 2012 e maio 2013, houveram 2.550 abortos legais, cerca de 426 por mês. O Uruguai é um dos países com menor taxa de aborto no mundo. Nesse período não houve complicações ou óbitos de mulheres devido a estas práticas. Briozzo explicou que desde 2012, com o novo quadro legal, o país adotou práticas de aborto seguro, com a consolidação dos serviços de saúde para esses fins.

De acordo com estes dados, 10 em cada 1.000 mulheres com idade de 15 a 44 anos, pratica um aborto no Uruguai atualmente. Estes números colocam o país entre aqueles com melhores indicadores, em pé de igualdade com a Europa Ocidental e o que tem a menor taxa de aborto legal. Enquanto os registro de abortos feitos pelos serviços de saúde em dezembro de 2012, data em que a lei do aborto foi aprovada, eram de 52 % das instituições, já em maio de 2013 A 98 % de instituições relataram os abortos. 

“Na prática, a nova lei despenaliza o aborto antes das 12 semanas se forem seguidos os procedimentos regulados pelo Estado. As mulheres podem solicitar um aborto em qualquer centro sanitário público ou privado, que a partir de dezembro de 2012 foram ‘obrigados a realizar a intervenção e garantir que o procedimento seja feito por terceiros em casos de objeção de ideário’, destacou à Rádio Carve Leticia Rieppi, diretora de Saúde Sexual e Reprodutiva do Ministério de Saúde Pública. As autoridades sanitárias uruguaias publicaram um manual e um guia de procedimentos que as mulheres, os hospitais, as clínicas e os médicos devem seguir para praticar os abortos.” R7. http://noticias.r7.com/saude/desde-a-legalizacao-uruguai-nao-registra-mortes-de-mulheres-por-aborto-22072013

A política pública do Governo com base na educação sexual e saúde reprodutiva, planejamento familiar e contracepção, saúde sexual e reprodutiva abrangente pretende reduzir ainda mais a prática de abortos voluntários.

Como é possivel perceber, não é a descriminalização do aborto que vai aumentar a incidência destes. Pensar que a existência do aborto legal e que este pode ser feito com toda assistência necessária  se converta num estímulo a prática desse procedimento é no mínimo irresponsabilidade. é imprescindível que saibamos que a opção pelo aborto não é uma decisão fácil, seja ele legal ou não. Entretanto, quando uma mulher que opta pela interrupção da gravidez, e não nos cabe questionar suas motivações já que podem ser muitas, ela vai levar a cabo essa decisão a qualquer custo. Inclusive, irá arriscar a própria vida para que o aborto seja realizado. Portanto, o que separa essa mulher de uma situação de risco, até de vida, é a forma como ele será feito; com toda segurança para a mulher, ou seja, assistida por uma equipe médica ou realizado por uma parteira qualquer e sem os devidos cuidados. 
No frigir dos ovos, vai depender se a menina tem dinheiro pra pagar pelo aborto seguro ou não. Porque nós sabemos que as mulheres da classe média e as ricas não correm o menor risco de vida ao optarem pela interrupção da gravidez, elas também correm menores riscos de terem sequelas por conta do aborto. No Brasil o aborto só é ilegal e perigoso para a mulher pobre.  



Fonte: http://www.observatoriogeneroyequidad.cl/index.php/bloc-mainmenu-9/26-novedades/7164-uruguay-no-registra-muertes-por-aborto-desde-que-es-legal1

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