Às
vezes me pergunto se há realmente a obrigação da mulher buscar, a qualquer
custo, o orgasmo. Se por um lado é maravilhoso o desabrochar da sexualidade
feminina, por outro, não acho que essa busca deva ser uma imposição. Como já
falei antes, existem as pessoas assexuadas e que não merecem sofrer a pressão
de ter que ceder aos apelos consumistas do sexo. Pode parecer estranho, mas até
a sexualidade humana é uma mercadoria, vendida como um dos requisitos para o
sucesso.
É paradoxal,
se por um lado a plena vivência da sexualidade representa uma forma de
liberdade, por outro, a imposição e cobrança que o indivíduo seja
obrigatoriamente um ente sexual me parece uma prisão. Essa apologia exacerbada,
principalmente a sexualidade feminina, assume contornos de aprisionamento
quando transforma algo tão natural numa imposição que não se pode fugir dela. Nesse
processo é deixada de lado a diversidade infinita de libidos e de sexualidade
que os indivíduos podem desenvolver, inclusive a assexualidade.
Respeitar a libido de cada um é respeitar seu sistema biológico e suas
necessidades únicas.
No entanto,
a busca pelo prazer pode provocar uma adorável surpresa para quem nunca pôde
experimentar o orgasmo e sente que pode chegar lá, por esse motivo vale a pena
persistir. Dar prazer a si mesma é uma das maneiras de si conhecer e o primeiro
passo para conseguir tê-lo com o(a) parceiro(a).
Assistindo
ao documentário sobre masturbação feminina, fiquei imensamente surpresa com a
constatação de que muitas mulheres sequer conseguem tocar a própria genitália,
estou falando de tocar mesmo, não falo de masturbar não, falo de pegar mesmo ou
passar a mão. Infelizmente isso ocorre porque nós meninas somos condicionadas a
não nos tocarmos. Sempre fomos repreendidas quando colocamos a mão na nossa
genitália, enquanto que os meninos são estimulados a isso. Apesar dos tabus e
de todo o preconceito quanto a masturbação e sexualidade feminina foi lançado
recentemente um aplicativo que estimula a masturbação
“Para
evitar que esse tipo de visão estreita continue afetando o desenvolvimento de
crianças e adolescentes do sexo feminino e a satisfação sexual de mulheres
adultas, a designer Tina Gong bolou uma maneira divertida de ajudá-las a
conhecer o próprio corpo: criou o HappyPlayTime, um aplicativo de game que estimula
a masturbação feminina. Ainda em fase de desenvolvimento, o jogo é baseado na personagem
Happy – uma vagina estilizadas com traços de cartoon – e terá pequenas lições
de anatomia e microjogos que irão guiar as usuárias para a descoberta do
próprio corpo. “Sexualidade é um dos instintos mais básicos dos seres humanos.
Estar confortável com seu próprio prazer sexual é um pré-requisito para
conseguir aceitar o prazer proporcionado por outras pessoas e oferecer o mesmo.
Como você pode trocar prazer com alguém se você não entende o que o seu próprio
corpo gosta?” afirma a missão da página na internet.” Super Interessante.
Mas
apesar de todo peso cultural que a masturbação feminina trás consigo, é preciso
que nós mulheres nos libertemos desses entraves machistas que tentam cercear
nossa sexualidade e tomemos de vez posse do nosso corpo e usufruamos de todo
prazer que ele pode nos proporcionar. A masturbação feminina não é pecado,
vergonhoso ou coisa do tipo, é uma necessidade fisiológica e um carinho que
podemos nos proporcionar. Portanto vamos nos permitir e viver com muito carinho
esses momentos.
Para
entendermos um pouco o quanto a masturbação è natural e como podemos melhorar a
nossa performance, podemos assistir ao documentário abaixo. É importante que a
gente observe o quanto a cultura é capaz de moldar a nossa sexualidade e nos
privar de experimentar sensações que nos mesmas podemos nos proporcionar.
Como
visto no documentário a masturbação pode ser realizada com as próprias mãos ou
com auxílio de alguns brinquedos eróticos. Caso você ainda não se sinta a
vontade pra se divertir com os brinquedinhos você pode optar sim por usar
somente as mãos e dedos. O importante é que você se toque, se acaricie e se dê
prazer. Também pode ser que não se sinta a vontade pra explorar sua vagina
internamente no começo, mas aos poucos você vai se sentir segura pra também
experimentar a autopenetração. Continue lendo em Masturbaçãofeminina - como chegar lá.
Para complementar você pode assistir as técnicas de masturbação.
Para
mais informações sobre o game ou receber um aviso quando ele for lançado,
acesse o site da HappyPlayTime
e se inscreva.
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